sexta-feira, 21 de outubro de 2011

BAHÊA, MINHA VIDA

Ontem assistir o filme BAHEA, MINHA VIDA, e que filme, me emocionei do inicio ao fim.
É logico que contar a historia do Bahia em apenas 100 minutos é muito fácil, pois difícil é contar historia sem ter, é por isso que muita coisa ficou de fora do filme.

Sentir falta no filme de alguém citar que o Bahia da década de 80 passou 48 jogos invictos, o jogo contra o Santa cruz, a chuva que nos eliminou da libertadores de 89, de muitos cantores famosos, do show de Caetano e Gil de 69, muitos outros jogadores tais como Preto e Emerson bola de prata da placar, Luiz Henrique, Claudio adão, Dada Maravilha e tantos outros...Acho que já estão pensando em Bahêa minha vida II, a missão.
No filme da minha mente tem também a primeira vez que tio Bal me levou a Fonte Nova para assistir Bahia e catuense, tem Zebim correndo pra entrevistar o atacante que fez o gol, tem o anão que além de lourinho era outro torcedor símbolo. Teria Ney Basto puxando as carreatas toda vez que o Bahia vencia, teria Neinho com sua bicicleta tricolor, suas ligações para as rádios e muitas outras loucuras. No momento triste tem o dia em que meu pai me prometeu me levar para o jogo contra o inter em 89 e no dia desistiu, tem o jogo do Brasil na copa América em que todos vaiavam a seleção porque o treinador mais burro da historia do futebol cortou Charles antes dos jogos em Salvador, tem tio Lula me pertubando em 94 e eu com raiva sair da arquibancada e confesso, não vi o gol de Raudinei. Tem os amistosos que o Bahia fez aqui em Serrinha, minha terra natal. Tem minha família que é 80% Bahêa, tem as festas lá em casa nos jogos da subida para a primeira, tem meu filho cantando o hino...

Quanto ao período negro que ficamos longe da serie A, só serviu para aumentar ainda mais o nosso amor, pois como diz Djavan não existe amor sem dor, e nesse período o mais interessante é que mesmo depois de perder um BAxVi ainda perturbávamos os vicitorias, alias se a nossa crise durasse mais uns 100 anos o time de Canabrava não conquistaria o que conquistamos em 70. Tenho pena dos filhos dos rubros negro que os pais querem comemorar os aniversários dos seus filhos e têm que enfeitar a festa com preto e vermelho, pior, imagine um quarto de bebê todo preto e vermelho. O Bahia tem as cores da alegria temos duas das cores primarias e temos o branco que é a mistura de todas.

Mas enfim o filme é... não sei definir, sei que me fez chorar de emoção  e segundo Rubens Alves o que é belo, nos traz alegria e no faz chorar é SAGRADO.

BORA BAHHHHÊÊÊÊA, MINHA PORRA.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

" Um dia ainda faço sucesso" PARTE 1

Lembro-me da minha infância que dentre muitos sonhos que tive se destacavam dois, o de ser um musico famoso e o outro de ser um grande esportista, eis as minhas labutas.

GRANDE MÚSICO- comecei cedo, com mais ou menos seis anos, ganhei um cavaquinho que só fiz maltratar o “pobre coitado” resultado quebrou e sumiu. Dei uma Pequena pausa na carreira até que um dia no ISE  Ivalsemir(minha eterna diretora) entrou na sala e perguntou quais alunos iriam participar do desfile de sete de setembro e que por sermos da oitava série poderíamos optar em sair na banda, lógico que fui o primeiro a me candidatar, eu só não sabia que iriamos passar por um teste com o coordenador da filarmônica 30 de junho.

Cheguei para o teste cedo e o instrutor que não me recordo o seu nome, pediu que nós escolhêssemos o instrumento que desejaríamos tocar, escolhi a caixa que era o principal e fácil, pois só tem dois tipos de toque, fui reprovado, daí tentei o bumbo, fui reprovado, tentei o surdo, fui reprovado, tá bom! Aceitei o prato, porém quando juntou todos os instrumentos, segundo o instrutor eu estava batendo antes dá hora. Resultado desfilei sim, porém no pelotão de traz junto com todos os alunos menores que eu e algumas poucas meninas da minha sala que não quis sair na banda.

Tal reprovação só me fez dar mais ânimo e percebi que o que me faltava era um curso, entrei num curso de violão. Primeiros dias foram ótimos aprendi a manusear a mão esquerda e colocar as notas, depois aprendi a mão direita, fui até elogiado pelo professor, porém no dia em que ele mandou usar as duas mãos ao mesmo tempo foi sensacional a mão direita teimava em repetir os gestos da esquerda e visse versa, decidir então dá uma outra pausa até conhecer Wesley um aluno meu que tocava divinamente e tinha muita dificuldade em matemática e ai veio a ideia eu daria aula de matemática para ele e ele me ensinava a tocar. Resultado ele ia lá pra casa ficava tocando e eu só assistindo e batendo com as pontas dos dedos nas paredes para calejar, pois eu colocava as notas e não saia nada. Cheguei a uma triste conclusão violão não nasceu para mim.

Tentei outros instrumentos mais fáceis e nada, tentei cantar foi pior além de não ter voz, não tenho ritmo, não sei a hora de iniciar a musica, tentei aquelas revistinhas que vinha a letra e as notas, tentei youtube, tentei tocar os brinquedos do meu filho, tentei acompanhar batendo palma... Confesso que desistir  e com trinta e três anos encerro a minha carreira que nem iniciou e deixo de realizar o sonho de mãe que queria saber tocar depois queria ter um filho que tocasse e agora quer que o neto saiba tocar.

Passamos a bola para Vinicius, vai que é sua Vini....