Quando Mozart surgiu para música, em meados do século dezoito,
sofreu muitas criticas por fazer uma musica tida como popular, e hoje, é talvez
o símbolo máximo da música de qualidade.
Caetano Veloso e Gilberto Gil quando despontaram no cenário nacional
da musica com a tropicália era uma novidade. Muitos não entenderam o
que era e pra que vinha por isso vaiaram os cantores.
Luiz Gonzaga, que possui o merecido título de “ Rei do Baião”,
fazia música para o “povão”. Hoje suas musicas são consideradas hinos.
Roberto Carlos que já foi considerado brega hoje é o rei.
A “musica baiana” já foi criticada por ter letras fáceis, nos
tempos da banda Mel, Reflexo, Gerônimo, Lazo e outros, porém eram letras que retratavam o negro, a diversidade... uma verdadeira aula de historia, como por exemplo
Prefixo de verão, Faraó, Elegibô, É d´Oxum.
Cartola estudou só o primário. Abandonou os estudos para
trabalhar como ajudante de pedreiro e ainda assim compôs “As Rosas Não Falam” dentre outras belíssimas
canções.
Os Bares dos anos 60 recebiam a visita de Tom Jobim e Vinicius
de Moraes. Era a bossa nova se espalhando pelo Brasil
Dentro de um processo repressivo, tudo se tornava contraditório e
os ditos poderosos da ditadura usavam a força bruta para calar. Pensar
livremente era proibido. Existia uma relação de palavras que não podiam ser
colocadas nas músicas. E foi neste
momento, em que tudo era proibido, que surgiram canções como: Cálice, Alegria
Alegria, Mosca na sopa, Apesar de você, O bêbado e o equilibrista, Caminhando,
Dia branco e muitas outras músicas geniais.
Sei que as músicas ditas populares tem sua importância. Como as
marchinhas de carnaval, temos que ter musicas que valorizem o ritmo, letras
fáceis e que fiquem impregnadas em nossas cabeças, porém não só isso.
O que está acontecendo com a nossa musica? Ela está evoluindo?
Será que daqui a 10 anos vamos olhar para Pablo, Michel Teló, Silvano Sales, Latino e falar:
-Aquilo é que era música de qualidade...
Meu Deus, faça surgir novamente bregas como Roberto, revoltados
como Cazuza, inovadores como os tropicalistas, boêmios como Vinícius e Tom,
populares como o Luiz, loucos como o Renato ou então como disse Raul “parem o mundo que eu quero descer”!
Nenhum comentário:
Postar um comentário