domingo, 17 de março de 2013

EVOLUÇÃO DA MÚSICA


Quando Mozart surgiu para música, em meados do século dezoito, sofreu muitas criticas por fazer uma musica tida como popular, e hoje, é talvez o símbolo máximo da música de qualidade.

Caetano Veloso e Gilberto Gil quando despontaram no cenário nacional da musica com a tropicália era uma novidade. Muitos não entenderam o que era e pra que vinha por isso  vaiaram os cantores.

Luiz Gonzaga, que possui o merecido título de “ Rei do Baião”, fazia música para o “povão”. Hoje suas musicas são consideradas hinos.

Roberto Carlos que já foi considerado brega hoje é o rei.

A “musica baiana” já foi criticada por ter letras fáceis, nos tempos da banda Mel, Reflexo, Gerônimo, Lazo e outros, porém eram letras que retratavam o negro, a diversidade... uma verdadeira aula de historia, como por exemplo Prefixo de verão, Faraó, Elegibô, É d´Oxum.

Cartola estudou só o primário. Abandonou os estudos para trabalhar como ajudante de pedreiro e ainda assim compôs “As Rosas Não Falam” dentre outras belíssimas canções.

Os Bares dos anos 60 recebiam a visita de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Era a bossa nova se espalhando pelo Brasil

Dentro de um processo repressivo, tudo se tornava contraditório e os ditos poderosos da ditadura usavam a força bruta para calar. Pensar livremente era proibido. Existia uma relação de palavras que não podiam ser colocadas nas músicas.   E foi neste momento, em que tudo era proibido, que surgiram canções como: Cálice, Alegria Alegria, Mosca na sopa, Apesar de você, O bêbado e o equilibrista, Caminhando, Dia branco e muitas outras músicas geniais.

Sei que as músicas ditas populares tem sua importância. Como as marchinhas de carnaval, temos que ter musicas que valorizem o ritmo, letras fáceis e que fiquem impregnadas em nossas cabeças, porém não só isso.

O que está acontecendo com a nossa musica? Ela está evoluindo? Será que daqui a 10 anos vamos olhar para  Pablo, Michel Teló, Silvano Sales, Latino e falar:

-Aquilo é que era música de qualidade...

Meu Deus, faça surgir novamente bregas como Roberto, revoltados como Cazuza, inovadores como os tropicalistas, boêmios como Vinícius e Tom, populares como o Luiz, loucos como o Renato ou então como disse Raul “parem o mundo que eu quero descer”!

Nenhum comentário:

Postar um comentário